Canyon Lux MR 9.0 SL blue O Edition - Ensaios/Trials

Boas pedaladas,


As bicicletas já têm vários anos nas minhas pernas, numa vertente de lazer é certo onde a curiosidade e interesse em saber como funciona e o seu comportamento se sobrepõem à vontade de competição.
Desde novo que me conheço a percorrer as redondezas da minha cidade montado na minha bike, assim como fui avançando nas distâncias percorridas as bicicletas corresponderam com os materiais que as compunham.
Para este ano a Canyon Bycicles GmbH decidiu apostar no Projeto blue O com o empréstimo de um exemplar do seu vasto leque de modelos.
Decisão tomada e escolhidas as provas em que iria “MOSTRAR” a “MÁQUINA”, personalizada na Alemanha, surge a LUX MR 9.0 SL blue O Edition, com “estreia mundial” no Granfondo 2011 em Koblenz na casa da CANYON no passado mês de Abril.


GEOMETRIA do quadro


A escolha foi pensada na minha RC 8.0 de 2008, uma “4-bar-linkage”, esta suspensão total é vocacionada para maratonas, mas ao contrário da RC em Alu., a blue O Edition vem com “esqueleto” em carbono.
A sua geometria específica de XC (tubo do selim de 73 graus e coluna de direção com 70 graus) agrada-me ao meu estilo de condução e para as provas mais longas a suspensão total é o ideal. “O design do trapézio amplo do quadro associado ao curto balanceio garantem uma excelente transmissão de potência, mesmo pedalando de pé”.
Ao agarrar no tubo superior “oversize” fiquei logo com a sensação de um conjunto leve (pelo site, 9.60kg sem pedais)!
Na Canyon tem uma filosofia que é determinada por “lighter, better, stronger” - mais leve, melhor e mais forte - “o segredo do quadro de carbono F10 está na disposição das suas fibras” recorrendo aos nano-tubos a estrutura F10 são 100 vezes mais resistentes que o aço de alta resistência e 20 vezes mais resistentes que as fibras de carbono convencionais, se bem que todas as marcas já vão registando patentes próprias na elaboração e construção dos seus quadros.

 
























EQUIPAMENTO
O circuito mundial já o ensaiou sendo na realidade já adotado por muitos riders de topo, e não só!
Todo SRAM XX, rodas Mavic Crossmax SLR, amortecedor RockShox Monarch RT3 e a RockShox SID XX World Cup, só posso dizer uma frase; “o que é preciso é pernas para ela!”. Com elas bem treinadas estamos em perfeita conjugação com esta máquina.


 
PRIMEIRO TESTE
Dia 25/04, feriado em Portugal, 40km de percurso (30km de estrada e 10km de Rota Pedestre), Nisa:
Retirei as câmaras-de-ar dos pneus e coloquei líquido anti-furo nos Schwalbe Rocket Ron 2,1" "Tubeless Ready".
Antes já tinha procedido ao posicionamento dos componentes do "cockpit" à minha maneira de condução preferida.
A primeira impressão que se retira é da evidente leveza da bike, rola bem, o "bombear" não o senti nunca e durante a parte do percurso da Rota Pedestre, como foi sempre ladeando o rio, LUXuosamente coloquei a bike ao ombro, e do seu peso não me queixo nada!
Os pneus absorvem bastantes irregularidades do percurso, dependendo da pressão inserida é ainda mais evidente.
O prato pequeno à frente (28 dentes) com o maior atrás (36 dentes), foram suficientes para me levarem outra vez à estrada de alcatrão, lá em cima, não tendo sido necessário recorrer aos 36 dentes.
As mudanças Sram XX Trigger com o clic característico da marca SRAM passam na perfeição.
O que senti profundamente foi uma sensação no toque, desde as manetes até ao pedaleiro, será do CARBONO?!?!

 


SEGUNDO TESTE
Dia 23/05, Maratona X100 - X50, Castelo Branco:
O amortecedor traseiro Monarch RT3 tem 3 posições controladas pela "patilha" azul; aberto, plataforma e anti-bombeio - defino-o de praticamente bloqueado, não o sendo - na realidade pelo meu peso, na 3ª posição quase não se mexe!
Durante todo o percurso a plataforma foi a posição mais utilizada, somente em duas ou três descidas e só depois de constatar que não acabavam "logo ali" é que "abri a mola" do RT3, as pedras também me obrigaram a esse procedimento!
O balão proporcionado pelos Schwalbe Rocket Ron, pressões à parte, são "catalisadores" na absorção das irregularidades.
No que respeita à transmissão em determinados estradões, neste contexto de maratona, um prato grande de 44 dentes daria jeito. Para pernas treinadas, mais rápidas chegariam ao destino!
Nas ascensões, sem eu ter um treino específico, o prato pequeno de 28 dentes, foi bastante suficiente para subir as "paredes" que se sucediam. Só depois de 4 horas é que o corpo, queixando-se um pouco, evitando entrar numa agonia, o prato traseiro de 36 dentes facilitava bastante.




TERCEIRO TESTE
Dia 28/05, PT Open XCR 24HORAS, 2ª Etapa Monsanto, Lisboa (6 Horas):
Um circuito XCO bastante técnico a puxar pelos componentes de "LUX".
O Monarch nesta prova esteve, praticamente, sempre aberto, as raízes e as pedras com os drops sucessivos, pelo meio, fizeram-me "abri-lo" tornando-se assim menos penoso a irregularidade deste piso.
Os Rocket Ron desde a primeira saída que acho que amortecem o meu peso contra as diversas irregularidades do chão em que vou rolando. Em Monsanto, por várias vezes, pensei que os rasgava nas laterais tal não era o bater/roçar contra as pedras do percurso, mas estes permaneceram firmes e com o rasto próprio para avançar e travar pareciam umas "mãos" de gato, a determinada altura e com a lama já presente, foram uns verdadeiros REMOS!!!
Os Avid XX foram sempre reativos em todos os drops! A única vez que caí estava praticamente parado! Tentava transpor uma zona técnica, não tive rapidez em "descolar" o sapato originando um "abraço" a umas silvas, estas "quiseram a minha amizade"!!!
A transmissão funcionou na perfeição, a pedaleira Truvativ Sram XX 2x10 (28-42), compensada com um carreto de 11-36, bastante indicados para este percurso que, por ser "esguio" nos trilhos, com subidas e descidas de rompante, em que a alteração na velocidade era constante, as "perguntas" que nos pede o terreno, este conjunto dá-nos "respostas" rápidas.




QUARTO TESTE
Dia 13/06, 3ª Prova da Taça de Portugal XCM Sport Zone, Manteigas:
Já o tinha referido e nesta prova comprovei pessoalmente, o equipamento da LUX anda na bike dos atletas de topo, nacional e não só, repito!
Pelo acumulando das subidas a plataforma foi mais uma vez a posição do amortecedor que mais utilizei. Bombeio zero e pela leveza de todo o conjunto (bike, rodas, atleta) só o esforço na parte final "fazia algum peso"!
Os Rocket Ron voltaram a ser uma peça fundamental para o conforto acrescido durante o rolar, com uns tacos corretos para subir até aos 1425 metros de altitude além de serem fundamentais para ajudar a travar nas descidas mais técnicas em que a terra já bastante solta, era propensa às quedas, que as houve! Nesta altura em que o acumulado de descida superava os 6km...
Os Avid XX nunca quebraram na sua potência. A transmissão, 2x10 é deveras muito mais simples de manejar e habituar, bastante suficiente quer seja neste tipo de maratona com subidas tecnicamente bem inclinadas, quer em XCO onde as acelerações e ascensões são mais rápidas de acontecer.
Com a frente mais inclinada, inverti o avanço desde o primeiro dia, esta bicicleta, de tão completa em equipamento tem tudo para enfrentar qualquer maratona ou circuito XCO, em perfeito conforto, associando o efeito do carbono na absorção das irregularidades do terreno, bem como a geometria do seu quadro, encontro-a muito estável e fácil de manobrar.



NOTAS
O único aspeto negativo que encontrei foi no posicionamento dos parafusos para a grade do bidom de água, têm uma posição que nos faz procurar bem o tipo de grade a colocar, quanto mais baixa, próxima do tubo vertical, melhor para colocar e retira o bidom em andamento.
Ainda bem que lhe encontrei este "defeito" sabendo que não poderei ter um LUXo nos próximos tempos, dá um pouco de "raiva" esta bike!
A Canyon LUX MR 9.0 SL blue O Edition, vai agora ser "caminheira" e percorrer o caminho francês até Santiago de Compostela, mais de 800km, vai fazer-lhe bem à diabetes...
OBIGADO CANYON Bycicles GmbH / Paulo Alves

Pedaladas boas,
Carlos A. Santos Farinha


English version;


In my legs I've several years by bike on it, from a leisure aspect, where curiosity and interest in how it works and its behaviour will overlap the competition.

Since young I’ve been cycling the outskirts of my city, and as I’ve been advancing on bike distances, happened the same with the materials that compose them.

This year Canyon Bycicles GmbH decided to loan blue O Project with one of the wide range models.

Selected the model and the events where it will be " SHOWN" this “MACHINE”, custom it in Germany, there's LUX MR 9.0 SL blue O Edition, "internationally first shown" at the 2011 Granfondo in Koblenz at the CANYON's house last April.





Frame GEOMETRY

To make my choice I thought on my RC 8.0 from 2008, a “4-bar-linkage”, this total suspension is for marathon style distances, but unlike the RC in Aluminium the blue O Edition comes with is "bones" made of carbon.

Its XC geometry (seat tube 73° and steering column with 70°) pleases me right on my driving style and for long races, full suspension is the best. “The wide trapezium frame design and short pivot arms guarantee an optimal transmission of power, even when riding out of the saddle”. By clinging the oversized top tube we fell the lightweight (9.60kg without pedals).

Canyon philosophy is determinate as "lighter, better, stronger" - "the F10 carbon frame secret is their fibres disposition" using the nano-tubes the F10 structure is 100 times more resistant than high-strength steel and 20 times more resistant than conventional carbon fibres, although all brands have their own recording patents, developing and building their frames.





EQUIPMENT

The world tour has been tested it, in fact already adopted by many top riders, and, not only the top!

All SRAM XX, Mavic Crossmax SLR, RockShox Monarch RT3 and RockShox SID XX World Cup, the only sentence I can say is; "what is needed for her is, just legs!”. With them well trained we are ready for this machine.





FIRST TEST

25/04, Day off in Portugal, 40km (30km by road and 10 km by Pedestrian Route), Nisa:

I removed the inner tubes and put in anti-hole liquid on the Schwalbe Rocket Ron 2.1" "Tubeless Ready ".

Before this I proceeded to "cockpit" positioning to my preferred way of driving.

My first impression was the bike lightness, it rolls well, the "pump" I never felt it, and during the pedestrian route, always skirting the river, LUXuriously I put the bike on my shoulder, and its weight is nothing I can’t complain!

Tires absorb a lot of tracks irregularities, depending the pressure is even more evident.

The small plate in front and the biggest, behind, were enough to take me to the paved road again. Transmission passed simple and without making any noise.

Small front chain ring (28 teeth) and largest behind (36 teeth) were sufficient to take me to the paved road again, and it was not necessary to use it. SRAM XX shifters are smooth and with SRAM characteristic sound.

What I felt was a deep feeling in touch, from the levers to the cranks, it could be from the CARBON?!





SECOND TEST

Day 23/05, Marathon X100 - X50 in Castelo Branco:

Monarch RT3 rear shock has 3 positions controlled by a blue "lever"; open, platform and anti-pumping - I define it “virtually” blocked, not being - in fact because of my weight at the 3rd position it hardly moves!

All the track, platform was the most used position, only two or three descents make me  “open the RT3 spring", all the stones also forced me to this procedure!

The Schwalbe balloon provided by the Rocket Ron, pressures aside, are "catalysts" in tracks irregularities absorption.

Regarding transmission, in certain routes, in this marathon context, a large chain ring of 44 teeth would be nice. For trained legs, the faster they will!

On ascents, without having a specific training, the small chain ring with 28 teeth, was quite enough to climb the followed "walls". Only after four hours my body, was complaining a little, I avoided the agony by using the rear chain ring, 36 teeth, it helps a lot.





THIRD TEST

Day 28/05, PT Open XCR Open 24 hours, 2nd prove, Monsanto, Lisbon (6 hours):

A very technical circuit - XCO - pushing by the "LUX "components. The Monarch in this race was practically always open, roots and stones with successive drops made me "open it" becoming less painful the track irregularity.

The Rocket Ron’s, from first time, they cushion my weight against the various irregularities the ground I'll roll. In Monsanto for several times, I thought they will tear on side walls, because hitting/rubbing against track rocks, but they stand over, seemed to "cat hands", with the mud they were true OARS!

Avid XX brakes were always reactive in all drops! The only time I felt I was almost stopped! I tried to pass a technical spot and I didn’t “take off” my shoe from the pedals giving rise to a "hug" to some brambles, they "wished my sincere friendship"!!!

Shifters worked perfectly, the Truvativ XX chain rings 2x10 (28-42), together with rear chain rings, 11-36, in my opinion, they fitting this XCO circuit, with ups and downs one after other, in outburst, constantly changing the speed, the “answers” the tracks asks us, we must be equally reactive.





FOURTH TEST

13/06 Day, 3rd event from Portugal XCM Sport Zone, Manteigas:

I had already referred and on this even I confirmed it personally, the LUX equipment goes on national top athletes bikes, and not only, I repeat!

From the ascents accumulate, the platform was once again the position from RT3 shock I most use. Pumping was zero, by the group lightness (bike, wheels and athlete) only in my final efforts "did some weight!"

The Rocket Ron again they increased my comfort during all track, with the correct grip trail they went up to 1425 meters and were essential to help catching the most technical descents where land has very loose, causing some falls! At this time the descent accumulated was over 6km.

Avid XX never broke their power. Shifters, 2x10 is very simple to use and we get used quite fast, whether for this kind of marathon, with slopes technically inclined, whether in XCO circuits where accelerations and ascents are faster to happen.

I reverse the stem since the first day, this bike, so complete in equipment has all to face any marathon or XCO circuit, with the perfect comfort, combining the carbon effect in terrain irregularities absorption as well as frame geometry I find it very stable and easy to manoeuvre.





NOTES

The only negative aspect I found was the water bottle grid, it have a position that makes us look carefully the type of grid to be placed on the lower, it’s better to place near the vertical tube, it’s easier to remove and put in the water bottle in progress.

I'm glad I found this "defect" much because I knowing that I’ll haven’t a “LUXury” in the near future, it gives a little "angry" this bike!

Canyon Lux MR 9.0 SL blue O Edition, will now be a "walker" and follow the French track to Santigo de Compostela, Spain, over 800km, it will make good for diabetes control...


THANK to CANYON Bycicles GmbH / Paulo Alves


Rides good,

Carlos A. Santos Farinha

3ª Maratona de Manteigas Taça de Portugal Sport Zone XCM


Boas pedaladas,

Para mim esta maratona em Manteigas seria especial e foi!

Ao pequeno-almoço registava uma glicemia de 88 mg/dL o que me fez avançar para um pãozinho com marmelada, acompanhado de sumo de pacote e leite com café.

Coloquei a LUX no carro pus o Miles Davis a tocar para mim e fiz-me à estrada, uma hora e meia de jazz escolhido por mim. As placas indicadoras da Maratona na vila de Manteigas, colocadas pela Airbike, mostravam onde tudo era, muito organizado.

Uma prova em que a presença de atletas de topo nacional era garantida. Com eles ou se fala no inicio ou só no final, mal dão a partida é vê-los lá na frente, só no final é que param depois de passar o cronometro. Quando levantava o dorsal tive oportunidade de desejar "boa sorte" a José Silva, campeão nacional de XCM.

Manteigas no coração do Parque Natural da Serra da Estrela fica a sensivelmente 800 metros de altitude. O acumulado da meia maratona era de 1250m, considerável, havendo alturas em que se subia durante vários km seguidos...


Colocado na última box, para os atletas não federados, a partida foi dada às 10h, com bastante publico a dar muita "força" nos primeiros km em alcatrão rapidamente iniciamos "as subidas" pelo km 13 já devorava uma banana para não me faltarem as forças que ainda iria necessitar.

Sorte para mim que subo consideravelmente bem, leve, com a LUX mais leve que eu, tornaram esta meia maratona menos penosa mas as subidas eram por largos kilometros que nos faziam penar em alturas que depois da curva, a subir, havia mais um pouco da encosta que pedalar, alturas houve em que a inclinação, ainda, era maior...

Depois da 1ª ZA, onde enchi pela 2ª vez o bidom, devorei outra banana e uma barra de cereais e foi descer vertiginosamente para tornar a subir agora bem mais alto, até alcançarmos os 1438 metros de altitude. Durante estas inclinações tive de recorrer a uma barra de chocolate e outra de cereais com muita água à mistura, pelo calor que se fazia sentir na "alta" montanha.


Antes da 2ª ZA os comissários colocaram o seu "visto" no dorsal já os trilhos eram mais planos e os travões mais utilizados, mesmo assim recorri ao bolso para um gel de frutas, soube-me a puré de pêra, na embalagem dizia que era para dar força e bem precisei, tanta subida e esforço aumentaram a minha necessidade de restabelecer as forças, na 2ª ZA repeti outra banana, onde estavam a anunciar uma receita “especial de água com sais”, fazendo alusão ao meu equipamento informei que as bebidas com açúcar nas provas de BTT, em mim, provoca-me uma sensação de hiper-glicemia que me faz umas cãibras indesejáveis, assim sendo pedi água e mais uma barra!

Manteigas estava perto mas as descidas tão inclinadas como as anteriores subidas, fizeram "escaldar" discos e pastilhas, as pernas, os braços os punhos e os dedos.

Tive oportunidade de retirar uma foto de Manteigas lá em baixo, parecia pequena, nem sabia o que ainda tinha de descer. Uma parte final bastante técnica, já muito rolada, com a terra muito solta, coloquei-me consideravelmente atrás do selim onde qualquer toque de travão poderia dar origem a uma queda em precipício. Realizei essa situação e pensei: “não seria no final de 40Km que me iria arranhar todo”, assim em determinadas partes desci da bike para evitar "sujar o equipamento". Os últimos metros foram uma nova ascensão até à meta onde se aguardava pelos atletas.


Foram, só, 42 km onde a ingestão de calorias foi grande, pelo valor baixo de glicemia em jejum, normal redução de unidades de insulina e o pequeno-almoço com marmelada fez-me sair às 10h com um valor de glicemia elevado (medi às 9:30h), mas pelo esforço despendido durante as 3 horas, já normal em mim, no banho já acusava os típicos sinais de suores frios de hipo-glicémia fazendo-me avançar para um almoço completo.


Fiquei para a entrega de prémios, sendo constante o chegar de atletas vindos de 80 km muito duros em que os declives sucessivos deixavam "moça" no corpo. Fiz novamente conversa com o que viria a retomar a liderança da taça de Portugal XCM, José Silva, apreciando bastante a sua frontalidade sobre as amizades do FB, são tantos que não é possível conhecer pessoalmente todos, já eu depois deste fim-de-semana posso dizer o contrário.

Pedaladas boas,
casf

CLASSIFICAÇÃO - Veteranos A Não Federados / Meia Maratona 40km
26 - Dorsal 803 com 3h 26:16min

English:


Good rides,

For me, this marathon it was special and it has been!

At breakfast I registered 88mg/dL blood glucose, made me go for bread with jam always with juice and milk with coffee.

I put the LUX on my car and Miles Davis playing for me and went for the road, one hour and a half of jazz chosen by me. On Manteigas village the MTBsigns, placed by Airbike Organization, shown where everything were.

This event where on top national athletes presence was guaranteed. With them or we talking at the beginning or at the very end, barely they give the start we see them up ahead, just stop at the end, after they passing the stopwatch. When I lifted my dorsal I had opportunity to wish "good luck" to José Silva, XCM national champion.

Manteigas in the heart of Serra da Estrela mountain Natural Park is about 800 meters above the sea. The half marathon was an climbing cumulated of 1250m, handsome, most of the times went up for several km followed...

Placed on the last box, for not federed athletes, the start was given at 10am, with enough people giving the "power" in the first kms, soon we started "rising", at 13km I already eat a banana to don't missing any forces that I would still require.

I climb pretty well, slight, with the LUX lighter than me, made this half marathon less painful but the rises were for long kms, were we suffer, some bends, always rising, there was another bits of slopes to pedal some them higher...

After the 1st ZA, where I filled for 2nd time my water bottle, I ate another banana and a cereal bar and went tumbling but now doing a climb much higher now, until we reach 1438 meters of altitude. During these slopes I had to eat a chocolate bar and other of cereals with plenty of water, for the warmth it was in the "high" mountain.

Before 2nd ZA the FPC (Portuguese Cyclist Federation) commissioners put me their "seen" as the tracks were more flat and the brakes more widely used, yet I resorted to my pocket for a fruit gel, pear purée, the packaging said it was to give strength, I well needed, ascents and effort both they increased my need to restore some strength, on the 2nd ZA I repeat another banana, where they announce a recipe "water with special salts," alluding to my equipment, I reported them that drinks with sugar in mountain biking events, to me, gives me hyperglycemic makes me unwanted cramps, therefore I asked for water and another bar!

Manteigas was close but serious descents, as the previous climbs, "burning" discs and pads, legs, arms, wrists and fingers.

I was able to take a picture from Manteigas down there, it seemed small, and I neither knew what had yet to descend. A final rather technical section, extremely loose with the land, I set me significantly behind my saddle where any hint of braking could lead to a serious fall. Realized this and I thought, "would not be in the final 40km that I would scratch me all over" I went down of the bike in certain parts to avoid "dirty my equipment." The last meters were a re-ascent to the finish line where everyone waited for the athletes.

There were only 42km where the calories I intake was high, because of the low blood sugar value in fast, normal insulin units reduction and my breakfast with jam made me leave at 10am with a high blood glucose value (measured at 9:30am), but the effort expended during the plus three hours cycling, normal for me, at bath time I accused my typical signs of hypoglycemic making me move to a full breakfast.

I stayed for the podium ceremony, constantly arriving riders from 80km Marathon, very hard from the faces expression. I did talk again with as taking again the XCM Portugal Cup leadership, José Silva, quite enjoying your candor about the friendships of FB, so many that isn’t possible to know everyone personally, since this weekend I can say the opposite.

Cycling good,
casf

PT Open XCR 24H 2ª etapa Monsanto, Lisboa / 2nd round


Boas pedaladas,

Confesso-me, nunca tinha feito uma viagem tão grande para participar numa prova de BTT.
Fomos em estilo caravana, o meu amigo Pedro Roxo da www.bicicletas-amieiro.com e eu chegamos ao Parque de Campismo de Monsanto pelas 10h, a tempo de fazermos o chek-in e instalarmo-nos, ainda só ameaçava chover pelo meio de sol, mas com tantos pinheiros quase não se via o céu.

Se de manhã tinha 77 mg/dL e uma ligeira dor de cabeça, sinal de hipo para mim, antes da prova iniciar tinha um valor bastante alto, com o pequeno almoço tão cedo (combate à hipo), redução de unidades (para a prova), e um café numa área de serviço, "enganei" o estomago com uma barra de cereais. Entre o preparar das coisas tive tempo para conhecer e conversar, pessoalmente, com alguns amigos do "Facebook".

11:15h Briefing - Com vários ávidos para a dificuldades técnicas  do percurso e "ocasional" falta de fitas, em determinados zonas, alerta também dado por quem vinha da volta de reconhecimento.

12:00h Início -  Trilhos estreitos, a dificuldade de algumas subidas e descidas, as zonas verdadeiramente técnicas com raízes, drops acentuados, rochas soltas, silvas que nos "acariciavam" os braços... Rapidamente separaram os atletas ao seu tipo de andamento e respectivamente para a prova a que cada um estava inscrito.

As primeiras 2 voltas foram com o Pedro (1ª volta com 23:...min), constatamos juntos os pontos mais críticos, ele com um andamento superior segiu para a 3ª volta, eu "encostei" para nova ingestão, tendo em conta fazer 3 voltas seguidas a um ritmo mais lento. Foi nesta pausa que conheci os primeiros patrocinadores do Projecto blue Owww.ROTAPRO.pt, estava a Projecto muito "verde", com um email deram retorno no dia seguinte AFIRMATIVAMENTE, na altura fiquei louco de contente, a "idéia" estava a concretizar-se!

Entrei para a terceira volta com mais técnica nas passagens difíceis, o sol espreitava e até "apertava" nos poucos descampados do percurso, mas havia pontos em que os óculos escuros dificultavam a visão, contei quatro passagens de chip na meta, antes caíra, estava praticamanete parado, raspei com o
gêmio num paú afiado e abracei-me a umas silvas que me mostraram o seu amor por mim! Aúúú!!!
Na 5ª volta começou a chover, já sem óculos - não via nada - comecei a sentir a chuva que a cada pedalada ia aumentando, de tal forma que rapidamente se tornou em dilúvio, estava no cimo do parque e caí um relâmpago ali perto, pelo barulho parecia que íamos "fritar", as árvores não deixaram ver onde teria caído, a água, essa começou a escorrer tornando "quase impossível" a transposição dos trilhos, havia quem passava não sei se se aperceberam que estava a cair um temporal, é que nem abrandavam!!!


 
Lá do cimo segui pelas escadas que pareciam o Niagara, sem saber por onde ir, fui para baixo onde "ficaria" a meta, cheguei com uma alteração considerável no percurso - "saltei" tudo o que era trilho - sendo sincero comigo mesmo não passei na meta pois essa volta, bastante alterada, não a contabilizei nem para mim.

Lá em baixo havia corredores, que continuo a dizer, iam passando, acho que "não se aperceberam que chovia", como se nada!!! Pela situação e o quebrar no andamento fiquei GELADO já passava das 16:30h dirigime ao banho QUENTE. A minha prova tinha acabado.

A glicemia estava alta, os planos tinham saído ao contrário, altura de dar insulina rápida e prestar apoio ao meu amigo Pedro (na modalidade das 12H), juntamente com o staff que o tinha acompanhado. Chega de uma volta nada fácil, caíra numa descida onde bateu com alguma violência contra uma poça de lama, que o fez perder o conta-quilometros. Vestido de lavado e bem alimentado, o sol raiava outra vez, assistimos ao finalizar da prova das 6 horas, uns campeões, o 1º e 2º registaram 10 voltas!!!

Foi altura para me despedir com um quem sabe até Proença!

Na viagem para Castelo Branco, já noite dentro, o Paulo Alves, representanten da Canyon Portugal, questionando-me pela prova, informa-me que a Revista Biking aventura, os média partner do PT Open XCR, tinham publicado a "idéia" do Projecto blue O, pag. 10...

Pedaladas boas,
casf


English
Good cycling,

I confess myself; I never had done such a long journey to attend a mountain bike race.

We went on a caravan style, my friend Pedro Roxo from www.bicicletas-amieiro.com we arriving at Monsanto Camping Park nearly 10:00am, on time to do the check-in and set down our stuffs, with the many pines we hardly see the sky.

If in the morning I had 77 mg/dL and a slight headache, to me are signs of low blood sugar - hypo - before the race start I measure and it was quite high, with a breakfast so early (anti-hypo /caloric), reduced my insulin units (for the race), and a coffee on a service area on the high way, I "cheated" my stomach with a normal cereal bar. Among preparing all things I had time to meet and talk personally with some friends from "Facebook".

11:15am - Briefing, with many warnings for track technical difficulties and "occasional" missing tapes, on certain areas.

12:00pm - Start, slight tracks, the difficulty of some ups and downs, truly technical areas with roots, drops, loose rocks... Quickly the athletes were separated to their type of ride, training and, respectively, for the hours that each one will do; 6H, 12H and 24H.

The first 2 laps were with Pedro (1st one on 23:... min), we find together the most critical points, they higher train he went for the 3rd round, I "stopped" for a new ingestion, taking into account to do 3 laps followed, on a slower pace. It was on this break that I speak personally with the first sponsor of blue O Project, www.rotapro.pt, the project was very "green" with a given return email next day AFFIRMATIVELLY, I went crazy, and the "idea" was to become visible!

I entered for the third round with much more technique on difficult passages, the sun peeked up and "shaking" in a few open spaces of the route, but there were points where the sunglasses difficult to see some points, I counted crossings on the goal with my ship, before on 3rd round I fall! Hauch!!!

On lap 5 started to raining, now without sun glasses, because I saw nothing, I began to feel the rain that every pedal stroke was rising, quickly became overflow, I was on top of the park and I listen one lightning nearby, by the sound it was like we were going to "fry", the water began to flood the tracks, making his transpositions nearly "impossible", there were some that haw they pass I thing they didn’t become aware on the storm, they nearly slowed down!

Not knowing where to go, I went down, where it "would be" the goal, arrived with a considerable change on the circuit – I "jumped" all that was technical tracks – I don’t validated even for or to me.


Some runners they went by the finish line, I think "they did not realize it was raining"! With all rain situations I went really cold, it was more than 16:30pm I went to a HOT bath. My race was over.

After the bath I measure my blood sugar, high, I put some quick insulin units and provide support to my friend Pedro (on 12H proof) together with the staff who had accompanied him. New dressed, washed and well fed, the sun shine again, together we saw the 6 hours proof end, really champions, the 1st one registered 10 laps!

It was time to say goodbye, maybe, who knows, in Proença a Nova!

On the way to Castelo Branco, night already, Paulo Alves, Canyon Portugal representative, asking for the event and my performance, informs me that Biking adventure Magazine, the media partner of the PT XCR Open, had published the "idea" of the blue O Project, pag. 10.

Rides good,
Casf