TERRITÓRIO Círcuito Centro - #2 Vila Velha de Ródão


Boas corridas,

O Projecto blue O desde Janeiro que andas nos trilhos, a mim, a 1ª de 2015 foi realizada praticamente sem treinar, mas posso dizer, foi tudo menos monótona...

A glicémia de 132mgdL fez-me anular a rápida e reduzir a basal em 10 unidades.

A 4K de Vila Velha de Rodão o termómetro do carro indicava -4,5°C!!!

Na fila para levantar o dorsal troquei umas palavras com o Rui Luz, em casa damos-lhe uma alcunha especial desde o Trial de Oleiros, o ano passado, a sua humildade é invejável, eis quando a Analice Silva se “cola” à nossa frente! Para um mortal que se levanta cedo, com temperaturas negativa, para ir correr no campo poderia criar alguma "confusão", mas a pessoa referida, uma Senhora com 70 anos e que vai a todos os ultra trails com um carisma, com que muitos adultos ainda não se encontraram, falo-vos de trail running... Na fila, eramos praticamente os últimos!

Recomendações dadas - guardarmo-nos para o final - saímos para que os corpos começassem a temperar do frio com o sol que se fazia sentir.

Numa subida vem ter comigo um amigo com o qual não trocava palavra há mais de 20 anos, talvez, numa ocasião parecida, na altura ambos eramos escoteiros do 67, Miraldo, foi um prazer rever-te pá!

O percurso, maioritariamente o inverso do ano passado levava-nos ao Tostão para o 1º abastecimento, comi uma porção de papas de milho, metade de um borrachão e bebi coca-cola.

Passados a barreira dos 10K surge a comentada "parede", no meu "peso pluma" não me desagradam em nada, no entanto, esta foi diferente, no seu tamanho e no declive. Ao mesmo tempo que enquadrava o cenário, messo 47mg/dL de glicémia!!! Sem os normais sintomas, procurei géis, bolachas, água, se a foto apanhou os "protagonistas", se estava a sorrir... Neste impasse, onde tudo parece atrapalhar, mais de 20 ou 30 atletas passaram por mim para vincar o trilho! Depois de subir foi sempre a descer...


No meu caso, no trail, as descidas dão-me dissabores - daí a amargura que me dá esta modalidade - estas desgraçam-me, sempre, um joelho - sim tenho de ir à fisioterapia - isto tem-se repetido nos poucos trails efetuados, a um dado número de km percorridos, as descidas tornam o avançar penoso pois uma dor que começa numa impressão na cabeça instala-se no joelho, prejudicando a outra perna que passa a suportar a teimosia do sujeito.

Enquanto conversava com um rider que acabava de conhecer - Manuel Cordeiro - falámos dos Abutres, comparava esta #2TCC em VVR, como um passeio... Na descida que não terminava comentei-lhe do meu dissabor e da minha condição de diabético, a associação ao Projecto blue O, quando de repente me pergunta:
- Conhece o Frederico Teixeira? Também é diabético, é ortopedista em Lisboa.
- É o marido da Dr.ª Salavessa...
- Sílvia! É isso, Sílvia!
- Conheço mas só virtualmente, fazem muito alpinismo... montanhismo... Não é?
- Sim, já fizemos juntos a subida ao monte... com mais de 6000m...
- São muito boa gente, retorqui-o!

Não me foquei no nome da montanha porque a dor no joelho já tinha sobre passado a "impressão" que sentia na cabeça!

Confirmei que só podem ser, isto porque agarrar num grupo de diabéticos - da AJDP - e com eles subirem a algumas montanhas míticas, para demonstrar que o diabético é capaz, só podem ser boa gente!

Chegados os dois ao 2º abastecimento sólido, em Vilas Ruivas, onde volto a medir a "senhora", 72mg/dL, só faltou sentar-me à mesa para comer, comecei com coca-cola, quadrados de marmelada, tostas com nutela, um queque, água, uma banana... Felizmente, não havia bancos...

No meio do "manjar" chega um rapaz (Pedro Cordas), que me pergunta pelo Sérgio Moreira:
- Impecável! Respondo.
- Sabes, acabamos juntos o Trilho dos Abutres!
- É uma máquina o Sérgio, viste o relatório, as glicémias, um grande exemplo em como uma diabetes controlada, tudo se faz!

As palavras podem não ter sido estas mas a expressão dele ao falar-me do Sérgio, revelaram bem a impressão que lhe causou.

Fiquei mais um pouco, lavei o copo, arrumei tudo, agradeci e despedi-me, sucediam-se atletas a passar por mim.


Nesses últimos 8K subimos ao Castelo do Rei Bamba, no miradouro das portas de Rodão, e a descida para VVR, as dores!!!

Como disse no inicio, foi tudo menos monótono este regresso, ainda arranjei o suficiente para daqui a umas semanas me cair outra unha do pé, desta vez de outro dedo, que não as do ano passado, nesta mesma prova.

Enfim, diabético sofre.


Melhores corridas e “coxeadelas” que as minhas,
casf

My english version:



Good runs,

Since January blue O Project ride on tracks, for me, the 1st on 2015 was performed with virtually no training, but I can say it was anything but dull...

Had 132 mg/dL of blood sugar I cancel the fast insulin and reduce the basal in 10 units.

On my way to Vila Velha de Rodão, 4K to arriving, my car thermometer indicated -4.5°C!!!

On the row to get my dorsal I speak a few words with Rui Luz, at home we give him a special nickname since Oleiros Trail last year, his humility is enviable, suddenly Analice Silva "glued" ahead us! For a mortal who gets up early, with negative temperatures, to go running in the field could create some "confusion", but this Lady with 70 years old go to all ultra trails runs with a charisma that many adults have not met yet, this is about  trail running... In the row, we were practically the last ones!

  
We listening all recommendations - safe our legs for the end - and left for the bodies began to temper the cold with the sun was felt......

On a uphill approaches to me a friend which I didn't speak for more than 20 years, perhaps, in a similar occasion, at the time we were both scouts from the 67, Miraldo, it was a pleasure to see you man!

The track, mostly on opposite way from last year, led us to Tostão village for the 1st  supply, I ate a corn porridge portion, half a Borrachão dry cake and drank some Coke.

After 10K barrier arises the commented "wall", in my "featherweight" not displease me at all, however, this was different in its size and slope. While I framed the scene, I measured 47mg/dL of blood glucose!!! Without the normal symptoms, I check for gels, biscuits, water, if the photo caught the "protagonists", if I was smiling... This impasse, where everything seems to hinder, more than 20 or 30 athletes passed through me to crease the track! After climbing was always down...


In my case, on trail running, descents give me troubles - therefore my anger about this sport activity - these always give me troubles on a knee - yes I have to go to physical therapy - this has been repeated in the few trails I went, passing through some km amount, descents make my moves painful, a pain that starts on a impressions in my head and settles on my knee, damaging the other leg to supports the subject stubbornness.


While talking to a rider who had just met - Manuel Cordeiro - spooking about Abutres Trail, he compared this #2 TCC in VVR, as a ride in the park... On the descent it seems never ending, I commented about this disappointment and my diabetic condition, the association to blue O Project, when suddenly asks me:
- Do you know Frederico Teixeira? It is also diabetic, is orthopedist in Lisbon.
- It's Dr. Salavessa husband...
- Silvia! That's it, Silvia!
- I know but only virtually, they do climbing and mountaineering... Is not it?
- Yes, we have climbed together the mountain... with more than 6000m...
- They are very good people, I replied it!

I didn’t focus on mountain name because my knee pain had over passed on the "impression" that I felt on the head!

I clearly confirmed, because, grabbing on a group of young diabetics - from AJDP - to go up to some mythical mountains, demonstrating any diabetic is able to do it, they can only be good people!

We arrived at 2nd solid supply in Vilas Ruivas village, where I measure the "lady", 72mg/dL.

Only missed a bench to sit down and eat, my leg was hurting, I started with Coca-Cola, marmalade squares, toast with nutela, a cake, water, banana... Fortunately, there were no seats...
In the middle of this "delicacy" comes an athlete (Pedro Cordas), asking me for Sérgio (Moreira):
- Perfect! I answer him.
- You know, we finish together the Abutres Trilho!
- Sérgio it's a machine, you saw the report, his blood glucose, a great example of how a controlled diabetes, everything is done!


My words could’ve been these but his expression when speaking about Sérgio, revealed the good impression made on him.

I was a little longer, I washed my cup, packed everything, thanked and said goodbye, succeeded athletes goes through me.

On the last 8K we climbed to the King Bamba Castle, at the viewpoint of Rodão doors, and the descent to VVR, the pain!!!

As I said in the beginning, was anything but boring my return to trial running, I still got enough for in a few weeks I drop another toenail, this time from another finger, other than last year at this same event.

Anyway, diabetic suffers.

Best runs and "hObble" than I
casf

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